domingo, 25 de março de 2012

O REENCONTRO DE JOBSON COM O GOL

Saudações gloriosas!

Foram meses de angústias, dias de muitas incertezas, horas e mais horas de arrependimento… E agora Jóbson está de volta, para brilhar com a Estrela Solitária no peito.
Impedido, atrás do goleiro, não interessa. O fato é que ele deixou sua marca novamente. Mas, e daqui para frente, como vai ser? Como Jóbson vai se comportar? São as perguntas que não querem calar.
A torcida, diretoria e pessoas que gostam de seu futebol, esperam cada vez mais que ele mostre que pode repetir o seu excelente fim de 2009 e que não foi apenas uma boa fase. Que tenha aprendido e que a cada dia “limpo” seja de reflexão sobre sua vida e carreira. Que este gol após sua longa suspensão lhe sirva de lição pra que ele se sinta bem em defender o clube que lhe acolheu e que lhe estendeu a mão quando mais se precisava. É de fácil constatação que o Jóbson ainda não atingiu metade do seu condicionamento físico. Está sem ritmo de jogo e visivelmente ainda não confia totalmente em si. Percebe-se, também, a ansiedade para fazer gols e que realmente está sendo feito um trabalho psicológico com ele. Eis a grande e importante peça desta engrenagem: O fator psicológico! Todo o suporte está sendo dado a ele pra que possa voltar a ser aquele jogador veloz, arisco e com faro de gol que tanto esperamos.
Agora, o nosso camisa 11 terá pela frente o desafio de convencer o técnico Oswaldo de Oliveira que tem vaga no time titular. O desafio pode não ser fácil pra ele, já que Loco é a referência do ataque, e Herrera é o artilheiro do time no ano. Mas não é difícil acreditar em uma eventual titularidade de Jobson em breve. É importante que ele entre em ritmo de jogo, entrando mesmo que por alguns minutos ou meio tempo pra que no Brasileiro ele esteja em ponto de bala. Que o gol diante do Duque de Caxias, lhe sirva de novo alento.
Jóbson, a força está em você! Tens o apoio da torcida e diretoria, como ser humano e como jogador do nosso Glorioso!

Pra cima deles Fogãooo!! Pra cima deles Jobgol!

quarta-feira, 14 de março de 2012

PRÉ ESTRÉIA DO FILME HELENO EM SP 13/03

Saudações botafoguenses!

Ontem foi dia (13/03) da pré estreia do filme Heleno aqui em São Paulo. Fiquei muito feliz pelo convite feito pelo Pedro (coordenador da equipe de mídias digitais do filme) de poder ver o filme e de encontrar amigos do grande grupo de botafoguenses que temos aqui em terras paulistanas.

Muitos me perguntaram e estão se perguntando se é um filme sobre o Botafogo. Eis que lhes digo: não, não é um filme sobre o BOTAFOGO!
Mas sim sobre um homem que esteve no auge, teve muitos gols, cinturinhas e cadilacs como o mesmo responde em uma pergunta feita durante o filme.
Mas além das coisas boas, obviamente, Heleno gostava também da vida boêmia e das drogas da época como a bebida e o lança perfume que ajudaram e muito com a trágica morte por sífilis e com a sua carreira de jogador.
O filme é muito bom, forte, intenso, instigante, mas de uma tristeza ímpar pela forma trágica de como tudo ocorre. É focado muito na vida do Heleno, na sua insanidade e intespetidade. Com Heleno não tinha meio termo. A sua forma de viver intensa nos faz prender atenção por cada detalhe colocado pelo diretor José Henrique Fonseca  e interpretado de forma fenomenal por Rodrigo Santoro. 


Na medida em que o filme conta uma historia num período em que o clube não ganhou nada, mostra a história do Botafoguense mais apaixonado que já vestiu a camisa do clube. Enfim, é a história de um atleta que amou profundamente o seu clube, que retratou e encarnou a alma apaixonada botafoguense que todos nós sabemos como é
Frases como: “Aqui é Botafogo porra, não é lugar de covarde não” e “Não sou jogador de futebol, sou jogador do Botafogo.” que só de ler já valem o ingresso.
É um filme  que deveria ser visto por todo Botafoguense, especialmente aqueles que ainda não entenderam a grandeza do nosso amado clube!!!
 Te vejo no cinema com a pipoca!
Abraços

domingo, 4 de março de 2012

PRO ALTO E PRO GOL! 3X1 FOGÃO

Saudações galera!!

A invencibilidade na temporada - agora com dez jogos na conta - e os 100% de aproveitamento na Taça Rio continuam. Mesmo longe de ser brilhante, o Botafogo superou o Volta Redonda por 3 a 1 e segue líder do Grupo A.
Começo de jogo morno até então, Loco Abreu ver pelo meio da defesa Herrera que recebeu lindo passe e só teve o trabalho de desviar do goleiro e abrir o placar! Mesmo com o gol, Herrera e Loco Abreu ainda perderam claras chances de gol.
E como diz a velha máxima do futebol de quem não faz toma, o Botafogo acabou tomando um gol ridículo de empate quando Márcio Azevedo e Jefferson não afastaram a cabeçada do zagueiro do Volta Redonda, e a bola ultrapassou a linha. Empate, e gol contra dado para o lateral alvinegro. Diferentemente de outras ocasiões, em que se recuperou rapidamente do baque, o time de Oswaldo de Oliveira sentiu e baixou a cabeça. Fim de primeiro tempo com empate e torcida com um pé atrás.

Veio o segundo tempo e o Botafogo não tinha ritmo e não pressionava o adversário. Felipe Menezes até se esforçava para armar, mas errou muito mais do que acertou e Herrera, o mais participativo, sumiu até meados do segundo tempo. A bola aérea, então, passou a ser desafogo. Sim, ela mesmo! E como diz um outro ditado, água mole em pedra dura, tanto bate até que fura... E lá se foram bolas e mais bolas alçadas na área adversária. A entrada de Caio no lugar do inoperante Fellype Gabriel(que levou uma cotovelada e ficou zonzo), antes da parada técnica, surtiu efeito.
A superioridade começou a aparecer e se transformou em gol aos 31 minutos. Em bola cruzada, Antônio Carlos, em posição irregular (dane-se, quantas foram mais contra nós e valeram??) tocou de cabeça para Herrera voltar a brilhar e fazer 2 a 1. A desvantagem fez com que o Volta Redonda precisasse abandonar a postura retraída, mas a qualidade técnica não lhe permitia sequer dar trabalho ao Jefferson.
E já no fim da partida, Antônio Carlos, que de tanto insistir no ataque, deixou o seu, também de cabeça e deu números finais ao “suado” triunfo.

Semana que vem teremos a volta de Jóbson e a esperança que ele faça e demonstre em campo todo o respaldo e apoio que demos a ele em gols e bons jogos!
Pra cima deles Fogão!

sábado, 3 de março de 2012

SOFRER PELO BOTAFOGO... NELSON RODRIGUES

Sofrer pelo Botafogo 

Nelson Rodrigues

"Todos os torcedores de futebol se parecem entre si como soldadinhos de chumbo. Têm o mesmo comportamento e xingam, com a mesma exuberância e os mesmos nomes feios, o juiz, os bandeirinhas, os adversários e os jogadores do próprio time. Há, porém, um torcedor, entre tantos, entre todos, que não se parece com ninguém e que apresenta uma forte, crespa e irresistível personalidade. Ponham uma barba postiça num torcedor do Botafogo, dêem-lhe óculos escuros, raspem-lhe as impressões digitais e, ainda assim, ele será inconfundível. Por quê?
Pelo seguinte: - há, no alvinegro, a emanação específica de um pessimismo imortal. Pergunto eu: - por que vamos ao campo de futebol? Porque esperamos a vitória. Esse otimismo é o impulso interior que nos leva a comprar ingresso e vibrar os 90 minutos. E, no campo, o otimismo continua a crepitar furiosamente. Não importa que o nosso time esteja perdendo de 15 x 0. Até o penúltimo segundo, nós ainda esperamos a virada, ainda esperamos a reação. Pois bem: - o torcedor do Botafogo é o único que, em vez de esperar a vitória, espera precisamente a derrota.
Os outros comparecem na esperança de saborear como um Chica-bon o triunfo do seu clube. Mas o torcedor do Botafogo é diferente: ele compra o seu ingresso como quem adquire o direito, que lhe parece sagrado e inalienável, de sofrer. Eis a verdade: - ele não vai a campo ver futebol. O futebol é um detalhe secundário e, mesmo, desprezível. Ele quer, acima de tudo, desgrenhar-se, esganiçar-se, enfurecer-se e rugir contra Zezé Moreira.

No dia em que retirarem do torcedor alvinegro o inefável direito de sofrer e, sobretudo, o direito ainda mais inefável de descompor seu técnico, ele ficará inconsolável, como um ser que perde, subitamente, a sua função e o seu destino. Tudo na vida é uma questão de hábito. E o cidadão que padece todos os dias, acaba se afeiçoando ao próprio martírio ou mais do que isso: - o martírio torna-se insubstituível como um vício funesto.