sábado, 16 de julho de 2011

TRAGÉDIA ALVINEGRA: A MORTE DE DINORAH

Saudações Alvinegras!

Estive pensando em um post pra esse fim de semana e me lembrei de minha ida ao RJ, ao qual conheci uma alvinegra fanática a quem falei sobre o meu blog. A mesma ficou de me mandar sobre a história do personagem desse post, mas não me mandou. Então decidi pesquisar sobre essa intrigante história ou drama alvinegro!
No dia 30 de maio de 1909, Dinorah de Assis foi autor de um gol na formidável goleada do Botafogo sobre o Mangueira, por 24 x 0. Duas semanas depois, o zagueiro alvinegro tomou parte do que foi denominado “A Tragédia da Piedade”.

Domingo, 15 de agosto de 1909. Na casa de número 214, na Estrada Real de Santa Cruz, na Piedade, no Rio de Janeiro, entra um homem agitado e nervoso. Era o grande escritor Euclides da Cunha, o autor de “Os Sertões”.

Bate palmas, é recebido pelo jovem Dinorah de Assis, a quem manifesta o propósito de avistar o dono da casa, Dilermando de Assis, irmão de Dinorah e aspirante do Exército.
Dilermando era amante de Ana de Assis, mulher do escritor. Vai logo entrando na sala de visitas. Aí, saca de um revólver e diz: “vim para matar ou morrer!”. Entra no interior da casa e atira duas vezes em Dilermando que, atingido, cai.
Dinorah, vendo o irmão ferido, tenta arrebatar a arma de Euclides. Ouvem-se mais dois disparos. Outro tiro e Dinorah é atingido na coluna vertebral, junto à nuca.
Dilermando, embora ferido, consegue apanhar o revólver, atira duas vezes sem atingir Euclides. Euclides aperta o gatilho de novo e recebe um tiro de Dilermando que lhe fere o pulso. Duelo de vida e morte. Tiros de ambos os lados e um projétil atinge o pulmão direito de Euclides, que cai morto ao solo.
Com a bala alojada no corpo, Dinorah continuou a jogar e foi campeão carioca pelo Botafogo em 1910. Mas perdeu os movimentos gradativamente, advindo-lhe uma desorganização cerebral e uma hemiplegia irreparáveis (ficou paraplégico).
A situação levou-o a atos de desespero, chegando a ser ingressado no manicômio até que da última vez, não se sabe se num gesto de renúncia, em 1921, ele cometeu suicídio, atirando-se nas águas do Rio Guaíba, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Dinorah tinha 31 anos.

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