Saudações Alvinegras!
No dia 30 de maio de 1909, Dinorah de Assis foi autor de um gol na formidável goleada do Botafogo sobre o Mangueira, por 24 x 0. Duas semanas depois, o zagueiro alvinegro tomou parte do que foi denominado “A Tragédia da Piedade”.
Bate palmas, é recebido pelo jovem Dinorah de Assis, a quem manifesta o propósito de avistar o dono da casa, Dilermando de Assis, irmão de Dinorah e aspirante do Exército.
Dilermando era amante de Ana de Assis, mulher do escritor. Vai logo entrando na sala de visitas. Aí, saca de um revólver e diz: “vim para matar ou morrer!”. Entra no interior da casa e atira duas vezes em Dilermando que, atingido, cai.
Dinorah, vendo o irmão ferido, tenta arrebatar a arma de Euclides. Ouvem-se mais dois disparos. Outro tiro e Dinorah é atingido na coluna vertebral, junto à nuca.
Dilermando, embora ferido, consegue apanhar o revólver, atira duas vezes sem atingir Euclides. Euclides aperta o gatilho de novo e recebe um tiro de Dilermando que lhe fere o pulso. Duelo de vida e morte. Tiros de ambos os lados e um projétil atinge o pulmão direito de Euclides, que cai morto ao solo.
Com a bala alojada no corpo, Dinorah continuou a jogar e foi campeão carioca pelo Botafogo em 1910. Mas perdeu os movimentos gradativamente, advindo-lhe uma desorganização cerebral e uma hemiplegia irreparáveis (ficou paraplégico).
A situação levou-o a atos de desespero, chegando a ser ingressado no manicômio até que da última vez, não se sabe se num gesto de renúncia, em 1921, ele cometeu suicídio, atirando-se nas águas do Rio Guaíba, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Dinorah tinha 31 anos.
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