Com a ilustre presença de Pelé, a CBF oficializou nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro, os títulos da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa como conquistas nacionais, os equiparando ao Campeonato Brasileiro. Com a decisão da entidade, Santos e Palmeiras passam a ser os detentores do maior número de títulos brasileiros - oito cada -, superando São Paulo e Flamengo, que têm seis, Bahia, Botafogo, Cruzeiro e Fluminense também passam a ter mais um título brasileiro cada no currículo. Também na cerimônia, a CBF anunciará um parecer jurídico que impossibilita o reconhecimento do hexacampeonato brasileiro há muito reivindicado pelo Flamengo.
O grande homenageado do evento foi Pelé. O Rei do Futebol virou "hexacampeão brasileiro", superando Andrade e Zinho, que possuem cinco Nacionais, e se tornou o principal recordista de títulos. Além de Pelé, o atacante Coutinho, o volante Lima e o meia Mengálvio também participaram das seis campanhas do Santos.
Os presidentes dos seis clubes que passaram a ter mais títulos nacionais com a decisão da CBF também participaram da cerimônia, assim como o presidente de honra da Fifa, João Havelange.
A decisão da CBF de unificar os títulos brasileiros se baseou em um dossiê produzido pelo jornalista e pesquisador Odir Cunha, que há dois anos a pedido dos seis clubes interessados aceitou o desafio de iniciar um estudo para buscar o reconhecimento dos vencedores da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa como campeões nacionais.
A CBF vai entregar 20 medalhas para cada clube vencedor distribuir para os jogadores que participaram de cada campanha do título nacional. O Santos é o maior beneficiado com a posição da CBF e passa a ter reconhecidos como títulos nacionais cinco triunfos na Taça Brasil, disputada de 1959 a 1968, e um no "Robertão", também chamado de Taça de Prata (realizado de 1967 a 70). O Palmeiras, com mais quatro títulos incorporados (dois de cada competição), também se torna octacampeão.
Com a decisão, o Bahia passar a ser considerado oficialmente o primeiro campeão brasileiro, mérito que pertencia até então ao Atlético-MG, vencedor do Campeonato Brasileiro de 1971.
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