segunda-feira, 13 de junho de 2011

GARRINCHA: O MAIOR DE TODOS


Saudações Alvinegras!

Depois da notícia de que teremos o lançamento do boneco de Garrincha na nossa "segunda casa", o Museu do Futebol que fica no Pacaembú, em São Paulo, tive a idéia de postar apenas frases de várias personalidades sobre o Garrincha em sua homenagem. Para muitos o maior de todos os tempos, mas uma coisa é certa, é talvez o único que possa competir com Pelé futebolisticamente falando.
Segue abaixo frases de personalidades sobre o maior jogador da história do Botafogo de Futebol e Regatas:

"Garrincha é um verdadeiro assombro. Não pode ser produto de nenhuma escola de futebol. É um jogador como jamais vi igual."
(Gavril Katchalin, técnico soviético em 62)

"Eu digo: não há no Brasil, não há no mundo ninguém tão terno, ninguém tão passarinho como o Mané."
(Nélson Rodrigues, escritor, dramaturgo e jornalista esportivo, sobre Garrincha)

"Se há um deus que regula o futebol, esse deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios."
(Carlos Drummond de Andrade, escritor)

"Para Mané Garrincha, o espaço de um pequeno guardanapo era um enorme latifúndio."
(Armando Nogueira, jornalista e escritor)

"De que planeta veio Garrincha?"
(Jornal El Mercurio, do Chile, na Copa de 62)

“Eu fazia o lançamento e tinha vontade de rir. O Mané ia passando e deixando os homens de bunda no chão. Em fila, disciplinadamente."
(Didi, sobre Garrincha na Copa de 58)

“Ele me deu um baile. Pedi que o contratassem e o pusessem entre os titulares. Eu não queria enfrentá-lo de novo."
(Nílton Santos, maior lateral-esquerdo da história do Brasil e do Botafogo)

“Eles começaram marcando no mano a mano. Tsarev contra Garrincha. De repente, passaram a amontoar vários outros naquele lado esquerdo do campo. Era hilariante o desmanche que Mané fazia por ali."
(Nílton Santos, sobre Garrincha na partida contra a Rússia, pela Copa de 58)

“Um Garrincha transcende todos os padrões de julgamento. Estou certo de que o próprio Juízo Final há de sentir-se incompetente para opinar sobre o nosso Mané."
(Nelson Rodrigues, escritor e jornalista)

“Estávamos em pânico pensando no que Garrincha poderia fazer. Não existia marcador no mundo capaz de neutralizá-lo."
(Nils Liedholm, meia da Suécia na Copa de 58)

“Em cinqüenta anos de futebol jamais apareceu um jogador como Garrincha”.
(Jornal inglês Daily Mirror).

“Eles eram infernais. Ninguém os conteria. Se você marcasse o Pelé, Garrincha escapava e vice-versa. Se você marcasse os dois, o Vavá entraria e faria o gol. Eles eram endemoniados."
(Just Fontaine, maior artilheiro em uma única Copa do Mundo, a respeito do time brasileiro da Copa de 58)

“Veja aquele beque do Brasil. Olhe seu uniforme, limpo, parece engomado. Olhe seus cabelos, penteados. Ele é Nílton Santos. Aquela cabeça armazena o que há de melhor em inteligência. Aquelas pernas limpas produzem o melhor estilo do mundo. Ele joga em pé, pleno de classe, como convém aos deuses da bola."
(Nestor Rossi, indignado com o companheiro, que marcava Garrincha e estava todo sujo de lama).

"Rossi se esqueceu de dizer que eu sempre joguei junto com Garrincha. Contra ele, só no primeiro treino no Botafogo. Pedi que o contratassem. Graças a Deus, fui atendido."
(Nílton Santos, em resposta a Nestor Rossi).

"Se ele é considerado meio burro, não posso fazer a menor idéia do que, para os brasileiros, é ser inteligente."
(Cronista esportivo de Londres. Revista Placar 1072, de junho de 1992).

"De que planeta viene Garrincha?"
(Jornal chileno El Mercúrio. Revista Placar 1072, de junho de 1992).

Alfredo Di Stéfano, um dos cinco mais destacados atacantes que glorificaram o futebol, numa reportagem a uma revista especializada na Espanha, e perguntado qual teria sido melhor – Pelé, Maradona, Puskas, Cruyff ou ele mesmo....“Don “ Alfredo Di Stéfano não pensou duas vezes e concluiu :
Pelé e Maradona foram geniais, Puskas e Cruyff sensacionais, mas o maior de todos foi o “ homem das pernas tortas – Garrincha. Nunca vi ninguém fazer com uma bola o que ele fazia”...

Gabriel Hanot, considerado o maior jornalista esportivo da história do futebol europeu, numa entrevista à L´Equipe:
“ Não há comparações possíveis. Pelé fazia coisas que um ser humano faz. Garrincha certamente veio de outro planeta... Jamais houve e certamente jamais haverá um outro Garrincha”...

E para terminar Nestor Rossi, extraordinário meio campista da seleção argentina na década de 60 :
“Vicente da seleção portuguesa, Trapattoni, da italiana, Delacha da esquadra argentina, foram capazes de marcar Pelé. Nunca vi nenhum jogador capaz de marcar Garrincha”...

“Melhor jogar com ele do que contra ele”
NILTON SANTOS, em 1953, logo após levar um drible de Garrincha – que colocou a bola entre as pernas – e logo antes de pedir sua imediata contratação à diretoria do Botafogo.

“O anjo das pernas tortas”
VINÍCIUS DE MORAES.

“Alegria do povo”
Título do filme de LUÍS CARLOS BARRETO.

“Para Garrincha, a superfície de um lenço era um enorme latifúndio”
ARMANDO NOGUEIRA

“Sua figura era grotesca. As pernas aleijadas, como se fossem duas foices, voltavam-se para o mesmo lado. Para ser figurante de circo, nada faltava. Seu repertório engraçado constituí-se em um só drible; nunca vi coisa igual. Ele nos lesou o tempo todo, com seu futebol de mentiras. Naquele dia, considerei até a hipótese de não voltar a Moscou”
TSAREV, marcador de Garrincha na Suécia, em 1958.

“Ele foi o maior jogador do mundo. Garrincha era um milagre da natureza. Só o drible era importante para ele. O resto – o gol, a vitória, o bicho – não importava. Jogava futebol como seus antepassados, os índios fulniôs: sem regras”
RUY CASTRO.

“Somos um povo de tão pouco amor, e com tal destino suicida, que na primeira esquina tratamos de esquecer o herói que nos restava. De 1966 para cá, Garrincha foi mais irrelevante, mais secundário, mais apagado do que um cachorro atropelado”
NELSON RODRIGUES, em 1968.

“Quem foi Garrincha não consegue ser Manoel dos Santos outra vez”
GARRINCHA.

“Sua pernas cansadas
correram pro nada.
E o time do tempo ganhou.
Cadê você? Cadê você?
Você passou...”
MOACIR FRANCO.

“Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho”
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE.

Um comentário:

  1. Belíssimo texto! O maior de todos os tempos. E não tem mais palavras.

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