A maior parte dos torcedores olha para dentro de campo ao analisar a boa fase de seu clube. Os fãs, no entanto, precisam obrigatoriamente conhecer o que se passa no interior do Botafogo para entender o sucesso alcançado na temporada passada. Iniciado há dois anos, o novo modelo de gestão do Glorioso recolocou as contas em dia, mudou a mentalidade dos funcionários e levantou o futebol.
Apesar dos claros avanços, Mauricio Assumpção, presidente do Botafogo, faz questão de reiterar que nada de novo foi inventado – apenas aplicou conceitos de gestão empresarial no Alvinegro.
Quando chegou à presidência, no início de 2009, Assumpção encontrou cenário distante do ideal: quadro de funcionários do clube desequilibrado, gigantesca dívida trabalhista e um elenco apenas razoável. O arranque natural seria reforçar a equipe, certo? Errado.
O processo de escolha dos novos dirigentes, que se dedicariam integralmente ao Glorioso, fugiu do padrão clubístico brasileiro, baseado em indicações de pessoas já envolvidas no meio. O Botafogo buscou profissionais do mercado, não necessariamente ligados ao futebol.
Definidos os executivos, o problema passou a ser a relação entre os dirigentes profissionais e os não remunerados. Em princípio, houve resistência de alguns vice-presidentes, que chegaram a deixar o cargo, como o de finanças, Cláudio Good. O papel do mandatário foi, então, conciliar os dois lados.
Futebol deixa de 'bancar' o clube
No departamento de futebol, a diretoria promoveu, assim que assumiu, imediata mudança de organograma. Na gestão anterior, o setor possuía vice-presidente, diretor e colaboradores. Estes últimos, de cara, foram extintos, substituídos por um gerente, cargo até então inexistente.
Escolhido para a função, Anderson Barros teve de tornar os demais departamentos independentes do seu. Naquele momento, todos os setores do clube dependiam das receitas do futebol, que, para piorar, não tinha estrutura ideal para funcionar.
Anderson, então, separou seu departamento: criou alas administrativa, jurídica e de comunicação exclusivas. Passou a funcionar independentemente dos outros setores, sem qualquer influência externa. Como diz Assumpção, o futebol ficou blindado.
Fonte: Lance!
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