Muitos podem definir assim nosso camisa 13: Andarilho do futebol.
Esse era o apelido de Loco Abreu antes de se apaixonar, à primeira vista, pela estrela solitária de General Severiano. O ídolo alvinegro já havia passado por 16 times, de sete nacionalidades diferentes, quando foi apresentado em janeiro do ano passado. Mais de um ano se passou e o que parecia improvável aconteceu: o uruguaio criou raízes no Botafogo e o clube está perto de ser a equipe pela qual o atacante disputou mais partidas em sua carreira.
Basta entrar em campo mais sete vezes com a camisa do Glorioso para Loco superar sua maior marca, de 72 jogos, pelo San Lorenzo, da Argentina, onde jogou nos anos de 1996 e 97.
O recorde de gols por um clube também está perto de ser batido pelo capitão botafoguense. Se pelo mexicano Cruz Azul, time que defendeu durante um ano e meio, Abreu marcou 46 vezes, pelo Botafogo — contando os dos últimos que fez sobre o Vasco na goleada de domingo —, ele balançou a rede em 41 oportunidades. Ou seja, faltam apenas seis.
A intensa relação de amor entre o Grandalhão uruguaio e o Alvinegro de General Severiano só faz crescer. Prova disso foi a demonstração de carinho do atacante após a conquista da Copa América pela seleção uruguaia. Loco Abreu se enrolou na bandeira com a estrela solitária, como quem dissesse para os torcedores botafoguenses “podem comemorar também, porque estou aqui representando vocês”.
O carinho pelo Nacional, do Uruguai, o camisa 13 nunca escondeu e sempre o terá. Mas uma coisa é certa: o Botafogo tem um lugar — que não é pequeno — guardado em seu coração e ele só tende a crescer.
Todos, sem exceção, reconhecem que o time atua de maneira diferente quando Loco está em campo. Com mais personalidade e coragem, a equipe se lança à frente, como fez no domingo, contra o Vasco, no Engenhão, e diante do Cruzeiro, em Sete Lagoas, na 13ª rodada do Brasileirão.
A partir de agora, jogo a jogo e gol a gol, ídolo e torcida estão em contagem regressiva para tornarem essa união, cada vez mais, inesquecível.
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