segunda-feira, 8 de agosto de 2011

UM TIME MUITO "LOCO"


Saudações mais do que alvinegras!!

Queria muito ter escrito isso, mas os créditos todos são do Ricardo Perrone, colunista do GloboEsporte.com. Não mudo uma vírgula do que disse. Leia e entenda o porquê:

O Caio Junior era uma porcaria, o Fogão estava em crise, o torcedor repetia aquelas frases de sempre. Do outro lado tudo era festa, o Dedé era Rei, ninguém passa da defesa do Vascão, o Prass é seleção e o Ricardo Gomes o melhor técnico do país no semestre.
Pronto, bastaram 90 minutos para que toda avaliação feita em 7 meses virasse lixo. Hoje, e não importa se isso vá mudar amanhã, o Botafogo é fantástico, o Vasco, mediocre.
Mais um capítulo daqueles que nos ensina, ou tenta ensinar, que o futebol não é algo que se possa cravar teorias e certezas absolutas.
No Engenhão, com ar de atropelamento do “trem bala”, ressurge um Botafogo muito “loco”.
Um primeiro tempo avassalador, cheio de detalhes, com placar mais cruel do que o merecido e com um jogo psicológico mais forte que o tático.
Existe Botafogo com Abreu, existe Botafogo sem Abreu. O que não existe é comparação entre eles.
O Vasco não jogava pra ser goleado. Fez, inclusive, a mais bela jogada da partida, que terminou nas mãos do goleiro ainda no primeiro tempo, quando estava 1×0.
Mas o Botafogo não perguntou, não estudou, não fez a menor cerimônia e ignorou o que havia do outro lado.
Costumo dizer que só gigantes são capazes de sair de uma partida ruim, uma semana conturbada e ir dormir no domingo sendo a “sensação” do campeonato.
Não, nem a pau. Não tô “loco” não. Deveria, mas não estou. O Fogão não está com os pontos do Fla, nem do Corinthians e nem mesmo do Vasco.
Aliás, talvez os botafoguenses da semana passada tenham mais razão do que os de hoje. Eles dizem não ter time, não ter técnico e estarem fadados ao sofrimento por mais uma temporada.
Os de hoje sonham com a taça, porque só campeões fazem 4×0 no embalado campeão da Copa do Brasil.
São os mesmos, mas não são.
E sim, foi uma vitória de campeão. Por mais que ela não queira dizer nada.
Não quer dizer, também, que o apagão do Vasco desmereça tudo que foi feito até aqui. Ao contrário, alerta enquanto pode.
Farão da vitória um título e da derrota uma tragédia. Porque assim o futebol sobrevive.
Mas não é o caso. Nem de achar que “pintou o campeão”, nem de ver o trem-bala estacionar.
É o caso de se exaltar mais do que o 4×0, a postura de “dono da casa” que confesso não ter visto até hoje o Botafogo ter tido no Engenhão.
Hoje, jogou como mandante contra um rival da sua cidade. Foi a primeira vez.
O Vasco não esperava o que encontrou. O depressivo Botafogo, que adora ir pra UTI antes de passar pela enfermaria, não reagiria num clássico contra um Vascão embalado…
Ou reagiria?
Reagiu. E sob a batuta de Abreu, o botafoguense que destoa do perfil recente do clube, venceu, brilhou, goleou.
Crise? Que crise?
Quem falou que o Fogão ainda não se postava como “mandante” no Engenhão? Quem disse que era “ladeira abaixo” depois da última rodada?
Caio Jr. na rua? Cuca na parada? Imagina… delírios.
E assim, com uma postura incomum que deveria ser mais comum para quem carrega tantas glórias em sua camisa, o Fogão transformou crise em sonho.
Porque se todos os botafoguenses fossem como Loco Abreu a fila seria bem menor do que é hoje. Se é que ela existiria.
Será que é tão difícil acreditar que o Botafogo possa ser quase sempre “Botafogo”?

(http://www.ricaperrone.com.br/2011/08/um-time-muito-loco/)

Nenhum comentário:

Postar um comentário